Frank “Rocky” Fiegel é mais do que uma mera inspiração para o icônico marinheiro dos desenhos animados, Marinheiro Popeye. Nascido em 1868 em Chester, Illinois, Fiegel foi um verdadeiro marinheiro que mais tarde se tornou uma lenda local, tanto por suas façanhas quanto por suas características físicas e pessoais únicas que eventualmente inspirariam Elzie Crisler Segar a criar um dos mais queridos personagens de todos os tempos. Este artigo explora a vida de Fiegel, suas aventuras e o legado que inspirou o personagem Popeye.
Primeiros Anos do Marinheiro Popeye e Carreira Marítima
Frank Fiegel nasceu em uma comunidade imigrante polonesa em Chester, uma pequena cidade nas margens do rio Mississippi. A vida em uma cidade ribeirinha logo despertou o interesse de Fiegel pelo mar, e ele embarcou em uma carreira que o levaria a viagens distantes nas águas internacionais. Embora detalhes específicos sobre sua carreira marítima sejam escassos, sabe-se que Fiegel possuía uma robustez e um comportamento que eram típicos de um marinheiro daquela época.
A Vida em Terra e a Fama Local
Após anos navegando, Fiegel retornou a Chester, onde assumiu um emprego menos aventureiro, mas não menos desafiador: tornou-se o segurança da taverna Wiebusch’s, um ponto de encontro local para trabalhadores e viajantes. Não demorou muito para que sua presença imponente e seu olho direito visivelmente danificado lhe conferissem uma reputação de valentão. Seu apelido, “Popeye”, derivava desse olho danificado — uma junção das palavras inglesas “pop” (estourar) e “eye” (olho).
As Características de Popeye
Rocky Fiegel era conhecido por fumar cachimbo, o que lhe dava uma fala característica, falando apenas pelo canto da boca. Além disso, ele tinha o hábito de se gabar de suas proezas físicas e aventuras, muitas das quais cresciam em escopo e drama cada vez que eram contadas. A lata de espinafre também era um item comum para ele, não por lhe dar superforça, como no desenho animado, mas como um lanche prático durante suas longas jornadas de trabalho.
A Inspiração para Popeye
O cartunista Elzie Segar, que também era de Chester, frequentemente ouvia histórias sobre Fiegel. Intrigado e inspirado pela personalidade maior que a vida de Fiegel, Segar criou Popeye, inicialmente como um personagem secundário em suas tirinhas no “New York Journal” em 1929. O público logo se encantou pela figura do marinheiro corajoso e de bom coração, e Popeye rapidamente se tornou o protagonista das histórias.
O Legado de Popeye e Fiegel
Popeye se tornou um dos personagens mais amados e reconhecidos da cultura popular, aparecendo em histórias em quadrinhos, programas de rádio, séries de televisão e filmes. O marinheiro espinhafreiro é conhecido por sua força sobre-humana, geralmente ativada pelo consumo de espinafre — um traço que se tornou um dos aspectos mais emblemáticos do personagem.
Olívia Palito: A Conexão Real
A conexão entre a ficção e a realidade não termina com o Marinheiro Popeye. A personagem Olívia Palito também foi baseada em uma pessoa real de Chester. Dora Paskel, dona de um armazém local, era alta, magra e usava os cabelos enrolados em um coque. Sua aparência e personalidade serviram de molde para Segar criar a namorada de Popeye, Olívia Palito, que se tornaria tão icônica quanto o próprio marinheiro.
O Túmulo de Fiegel
Frank Fiegel faleceu em 1947, e sua sepultura no cemitério Saint Marys Chester traz um desenho de Popeye, uma homenagem a seu legado e influência na criação do personagem. Esta homenagem é um testemunho do impacto duradouro de Fiegel na cultura popular, não apenas em Chester, mas em todo o mundo.
Conclusão
Frank “Rocky” Fiegel foi mais do que apenas o modelo para um dos personagens mais duradouros da mídia. Sua vida, repleta de aventuras, lutas e histórias extraordinárias, reflete a rica tapeçaria da experiência humana. Através do Marinheiro Popeye, o espírito indomável de Fiegel continua a inspirar, divertir e educar gerações. Embora o espinafre possa ser o segredo da força de Popeye, foi a verdadeira força de caráter de Fiegel que deu ao mundo um herói que é tão real quanto imaginário.
Leia os outros artigos da Starboard Brasil 🙂